Após a suspensão da sessão desta terça-feira, Aziz telefonou para o presidente do Supremo, que negou que a diretora da empresa que intermediou vacinas com o Ministério da Saúde possa se calar diante de qualquer pergunta
O ministro Luiz Fux, do Supremo Tribunal Federal (STF) disse por telefone ao presidente da CPI, Omar Aziz (PSD-AM), que a diretora da Precisa Medicamentos, Emanuela Medrades, só tem o direito de manter silêncio em perguntas que possam a incriminar; quanto às perguntas sobre temas que ela testemunhou, deve responder à comissão.
A sessão desta terça-feira (13) foi suspensa após a depoente se recusar a responder todas as perguntas dos senadores. Aziz também pediu um embargo de declaração, espécie de pedido de explicação, ao presidente do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux sobre o habeas corpus parcial que ele concedeu à depoente.
Segundo Fux, o habeas corpus obtido pela depoente na véspera do depoimento não dá a ela o direito de não responder a qualquer pergunta dos senadores e que, se isso persistir, ela estará desobedecendo à ordem do Supremo.
Senadores da oposição dizem que Emanuela pode ser enquadrada em crime de desobediência e sua prisão pode ser decretada por desobediência à decisão judicial.
Durante a suspensão da oitiva, Emanuela Medrades entrou com um novo habeas corpus no STF pedindo para que a CPI da Covid não possa realizar sua prisão em flagrante.