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Defesa busca silêncio de Anderson Torres na CPI dos Atos Golpistas

Defesa busca silêncio de Anderson Torres na CPI dos Atos Golpistas

Advogados de Anderson Torres entraram com uma ação no STF

A defesa do ex-ministro Anderson Torres protocolou nesta sexta-feira (4) um pedido junto ao Supremo Tribunal Federal, solicitando que ele possa ficar em silêncio durante seu depoimento à CPI dos Atos Golpistas, que está previsto para ocorrer na próxima terça (8).

Anderson Torres, que foi ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do DF, foi chamado como testemunha, o que o obriga a comparecer e falar a verdade. Entretanto, a defesa busca dispensar o uso de tornozeleira eletrônica e garantir que ele possa se falar com outros investigados, já que há parlamentares na CPI que também são investigados.

O ex-ministro é alvo no STF por suposta omissão nos atos golpistas ocorridos em 8 de janeiro, quando ele ainda era secretário de Segurança do DF, apesar de ter viajado para os Estados Unidos na época. Após seu retorno ao Brasil, ele foi preso e atualmente está sujeito a medidas cautelares.

No pedido, a defesa argumenta que o ex-ministro deseja comparecer à CPI, uma vez que é o maior interessado em esclarecer os fatos. Portanto, busca que lhe seja assegurado o direito constitucional ao silêncio, com a expedição de salvo-conduto ou que seja protegido de perguntas que possam levá-lo à autoincriminação.

“Isso, contudo, não desnatura o fato de que a CPMI convocou Anderson Torres para depor na qualidade de testemunha, o que, como já antecipado, apresenta-se equivocado. Nesse panorama, impõe-se que Vossa Excelência assegure ao requerente o direito constitucional ao silêncio na “condição de investigado”, com a consequente expedição de salvo-conduto”, afirmam os advogados.

O requerimento será avaliado pelo ministro Alexandre de Moraes.