Ex-presidente passou por procedimento de retirada de lesões na pele, além de exames de imagens e laboratoriais
Após passar por um procedimento cirúrgico para retirada de lesões na pele, além de exames de imagens e laboratoriais, que diagnosticaram uma anemia, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) deixou o Hospital DF Star, em Brasília, no início da tarde deste domingo (14).
A autorização para o procedimento médico foi assinada na última segunda-feira (8), pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, já que o ex-presidente cumpre prisão domiciliar desde o último dia 4 de agosto.
Ele chegou por volta das 8 horas desta manhã , escoltado, e permaneceu internado até as 14 horas, quando deixou o hospital com o mesmo aparato policial.
Por meio de nota enviada ao Portal iG, a assessoria de imprensa do DF Star informou que os exames laboratoriais evidenciaram quadro de anemia por deficiência de ferro e a tomografia de tórax mostrou imagem residual de pneumonia recente por broncoaspiração.
Sobre o procedimento cirúrgico, afirmou que foi realizado sob anestesia local e sedação, e transcorreu sem intercorrências.
Esclarece ainda que foi realizada a exerése marginal de oito lesões de pele, localizadas no tronco e no membro superior direito, e que Bolsonaro também recebeu reposição de ferro por via endovenosa.
“Nos próximos dias, será disponibilizado o resultado anatomo-patológico das lesões da pele para definição diagnóstica e avaliação de necessidade de complementação terapêutica”, informa a nota, assinada pelos médicos Cláudio Birolini, chefe da equipe cirúrgica, e o cardiologista Leandro Echenique, além de diretores dos médicos diretores do DF Star, Guilherme Meyer e Allisson Barcelos Borges.
Cumprindo as determinações do ministro do STF, para que o ex-presidente permanecesse na unidade de saúde apenas pelo tempo necessário ao atendimento e retornasse em seguida à sua residência, Bolsonaro deixou o hospital 6 horas depois de sua admissão e voltou para o condomínio no Jardim Botânico, onde reside, sem dar declarações à imprensa.
Condenação
A Primeira Turma do STF condenou Jair Bolsonaro, na última quinta-feira (11), a 27 anos e 3 meses de prisão por participação em uma trama golpista.
Por 4 votos a 1, ele foi condenado pelos crimes de golpe de Estado, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, organização criminosa armada, dano qualificado contra patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Ainda cabe recurso, mas, pela pena fixada, o cumprimento inicial deverá ser em regime fechado.