A central nuclear já está ocupada desde o início da invasão
Nesta quarta-feira (23) a agência estatal ucraniana responsável pela zona de exclusão da Central Nuclear de Chernobyl acusou , as forças russas de terem destruído outro laboratório no complexo, este dedicado à gestão de resíduos radioativos.
A ocupação russa da central nuclear desativada, após o desastre em 1986, consumou-se no início da invasão russa a Ucrânia , no fim de fevereiro.
Segundo a agência estatal ucraniana o laboratório abriga “amostras altamente ativas e amostras de radionuclídeos que estão agora nas mãos do inimigo”. As autoridades do país lembram que o laboratório, agora destruído, teve a sua inauguração realizada em 2015 e custou cerca de 6 milhões de euros, em projeto apoiado pela Comissão Europeia.
Os radionuclídeos são átomos de elementos químicos que libertam radiação.
“Esperamos que só cause dano a si mesmo e não ao mundo civilizado”, disse a agência em comunicado.
Na segunda-feira (21) a agência nuclear da Ucrânia tinha afirmado, que os monitores de radiação em torno da Central de Chernobyl haviam deixado de funcionar. A informação acabou gerando preocupação entre vários especialistas especialistas.
Turnos dos trabalhadores
A Agência Internacional de Energia Atómica (Aiea), tambpem na segunda-feira (23) adiantou que os trabalhadores ucranianos na Central de Chernobyl, que asseguravam as operações desde o início da invasão russa, em 24 de fevereiro, foram substituídos , no fim de semana, por outra equipe. Todo os profissionais são da localidade vizinha de Slavutych.
“O novo turno inclui dois supervisores, em vez de um habitual, para assegurar que há reserva disponível no local”, agregou a Aiea.
Já a agência das Nações Unidas citou entendimento firmado com os russos tendo em vista a organização das rotações de turnos.