A aliança se propõe a elaborar e financiar políticas de combate à fome e à pobreza com modelos distintos para cada região do mundo
O Brasil lançou a Aliança Global Contra a Fome e a Pobreza nesta segunda-feira (18), durante a Cúpula de Líderes do G20, no Rio de Janeiro (RJ). Em seu discurso, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que esse é o “maior legado” do grupo dos 20 para o mundo.
Criado pelo Brasil, o acordo se propõe a elaborar e financiar políticas de combate à fome e à pobreza com modelos distintos para cada região do mundo. É a principal bandeira da liderança brasileira no G20.
O grupo de 81 países assinantes possui nações dos cinco continentes, além de 26 organizações internacionais, nove instituições financeiras globais e 31 ONGs do Brasil e do mundo. União Europeia e União Africana também assinam a aliança. Mais países podem aderir no futuro, e a expectativa do Brasil é que o número final se aproxime de 100.
“A fome e a pobreza não são resultado da escassez ou de fenômenos naturais. A fome, como dizia o cientista e geógrafo brasileiro Josué de Castro, ‘é a expressão biológica dos males sociais’. É produto de decisões políticas, que perpetuam a exclusão de grande parte da humanidade. O G20 representa 85% dos 110 trilhões de dólares do PIB mundial. Compete aos que estão aqui a inadiável tarefa de acabar com essa chaga que envergonha a humanidade. Por isso, colocamos como objetivo central da presidência brasileira no G20 o lançamento de uma Aliança Global contra a Fome e a Pobreza”, disse o presidente em seu discurso.
“Este será o nosso maior legado. Não se trata apenas de fazer justiça. Essa é uma condição imprescindível para construir sociedades mais prósperas e um mundo de paz. Não por acaso, esses são os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável 1 e 2 da Agenda 2030. Com a Aliança, vamos articular recomendações internacionais, políticas públicas eficazes e fontes de financiamento. O Brasil sabe que é possível”, continuou o mandatário.
Até o momento, a Argentina é o único país do G20 que ainda não assinou o acordo. O país de Javier Milei tem se oposto às negociações da declaração final de líderes.
Veja a lista dos países assinantes:
- África do Sul
- Alemanha
- Angola
- Antígua e Barbuda
- Arábia Saudita
- Armênia
- Austrália
- Bangladesh
- Benin
- Bolívia
- Brasil
- Burkina Faso
- Burundi
- Camboja
- Canadá
- Chade
- Chile
- China
- Chipre
- Colômbia
- Dinamarca
- Egito
- Emirados Árabes Unidos
- Eslováquia
- Espanha
- Estados Unidos
- Etiópia
- Federação Russa
- Filipinas
- Finlândia
- França
- Guatemala
- Guiné
- Guiné-Bissau
- Guiné Equatorial
- Haiti
- Honduras
- Índia
- Indonésia
- Irlanda
- Itália
- Japão
- Jordânia
- Líbano
- Libéria
- Malásia
- Malta
- Mauritânia
- México
- Moçambique
- Myanmar
- Nigéria
- Noruega
- Palestina
- Países Baixos
- Paraguai
- Peru
- Polônia
- Portugal
- Quênia
- Reino Unido
- República Dominicana
- República da Coreia
- Ruanda
- São Tomé e Príncipe
- São Vicente e Granadinas
- Serra Leoa
- Singapura
- Somália
- Sudão
- Suíça
- Tadjiquistão
- Tanzânia
- Timor-Leste
- Togo
- Tunísia
- Turquia
- Ucrânia
- Uruguai
- Vietnã
- Zâmbia