Valdemar Costa Neto vai trabalhar para impedir uma guerra interna no PL
Aliados mais radicais do presidente Jair Bolsonaro (PL) vão trabalhar no Congresso para impedir que o Bolsa Família seja de R$ 600. Os “bolsonaristas raiz” já iniciaram as articulações dentro do Partido Liberal para que o futuro governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não consiga cumprir sua promessa. O problema que correligionários liderados por Valdemar Costa Neto defendem o aumento de R$ 200 no valor do auxílio.
Segundo apurou o Portal iG, Carlos Jordy e Carla Zambelli conversam com bolsonaristas do PL e também do Republicanos para frear a autorização do Bolsa Família de R$ 600. Eduardo e Carlos Bolsonaro foram procurados para ajudarem no plano, mas ambos possuem dúvidas se devem embarcar.
Eduardo comprou a briga do pai e quer distância de Zambelli. Ajudá-la a tentar barrar o novo Bolsa Família a faria ter força dentro do bolsonarismo. Nesse momento, o foco do deputado é isolar sua companheira de Congresso. Carla, por sua vez, articulará nos bastidores, mas evitará entrar em confronto com os correligionários. Ela não descarta a possibilidade de deixar o PL e ir para o Republicanos na abertura da janela partidária.
Já o senador Carlos é visto como o filho do presidente da República mais moderado. Ele escutou de colegas que fazer oposição ao Bolsa Família é um tiro no pé. A explicação é que Bolsonaro prometeu o auxílio em R$ 600. “Ser oposição apenas por ser oposição pode afastar apoiadores, principalmente os mais pobres”, afirma um deputado federal eleito pelo PL.
Valdemar Costa Neto e o controle do PL
Enquanto Bolsonaro não se posiciona sobre o tema, caberá a Valdemar coordenar o caminho do PL. A tendência que o presidente da sigla dê independência aos parlamentares da sigla para votarem como quiserem.
A ideia é impedir que moderados e bolsonaristas radicais entrem em confronto logo no início do mandato Lula. Costa Neto quer equilíbrio no início para que o PL tenha uma “oposição responsável”.