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Bernadete Pacífico, líder quilombola, é morta a tiros na Bahia

Bernadete Pacífico, líder quilombola, é morta a tiros na Bahia

Ministro Silvio Almeida determinou envio de equipes da pasta ao local para que as ‘providências necessárias sejam tomadas’

A líder do Quilombo Pitanga dos Palmares, na Bahia, Maria Bernadete Pacífico, foi morta a tiros na noite dessa quinta-feira (17), em região metropolitana de Salvador. Conhecida como Mãe Bernadete, ela teve seu terreiro invadido, no município de Simões Filho, informou o Ministério da Igualdade Racial.

Em comunicado, o Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania disse ter recebido a notícia “com profunda tristeza” e que o líder da pasta, ministro Silvio Almeida, “determinou o envio das equipes do ministério para Simões Filho, na Bahia, para que todas as providências necessárias sejam tomadas”.

“Que as autoridades consigam com celeridade encontrar os culpados e que esses sejam punidos com o total rigor da Lei. Nossa solidariedade e apoio aos familiares e à comunidade nesse momento de dor”, acrescentou.

A Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (Conaq) lamentou o crime e lembrou a morte do filho de Bernadete, também liderança quilombola, assassinado seis anos antes.

“Mãe Bernadete [...] era mãe de Flávio Gabriel Pacífico dos Santos (Binho do Quilombo), liderança quilombola da comunidade Pitanga dos Palmares, também assassinado há seis anos. O assassinato de Binho, como o de tantas outras lideranças quilombolas, continua sem resposta e sem justiça”, informou a nota.

O Ministério da Igualdade Racial disse estar em contato com o Governo do Estado da Bahia, a Secretaria de Promoção da Igualdade Racial, Secretaria de Segurança Pública e com a Defensoria Pública do Estado para apurar melhor o caso. Além disso, uma comitiva será enviada ao território neste sábado (19).

“É preciso que as investigações sejam feitas com celeridade e com a máxima diligência, uma vez que o assassinato de uma líder religiosa é uma violência contra todo um povo”, escreveu a pasta nas redes sociais.

O governador da Bahia, Jerônimo Rodrigues, disse ter determinado uma investigação da Polícia Militar e Polícia Civil. “Não permitiremos que defensores de direitos humanos sejam vítimas de violência em nosso estado”, afirmou.