Segundo o líder do governo na Câmara, oposição embarreira a PEC dos Precatórios pensando nas eleições de 2022
O líder do governo na Câmara dos Deputados, Ricardo Barros, culpou a oposição pelo atraso na aprovação do Auxílio Brasil , que vai substituir o Bolsa Família. Para ele, o grupo prejudicará os mais pobres por estar pensando nas eleições de 2022. Sendo assim, Barros afirmou que o Executivo já pensa em novas alternativas, como um novo decreto de estado de calamidade.
“Já temos a PEC dos Precatórios . Ela foi aprovada na comissão especial, ela trata de vários temas e, por isso, o relator fez reunião com as bancadas para explicar os pontos. O governo está confiante que vai aprovar essa PEC. Essa alternativa de não-aprovação não discutiremos, vamos focar em aprovar”, assegurou o deputado, em entrevista ao Jornal da Manhã, da Jovem Pan.
A PEC, no entanto, só passou na Comissão, quando o presidente da Casa, Arthur Lira, levou o texto ao plenário, a falta de consenso fez com que ele fosse adiado três vezes consecutivas . Além disso, no Senado cresce a resistência à proposta . Para Barro, é tudo culpa do “clima eleitoral”.
“A oposição vai fechar contra porque não quer que o presidente Jair Bolsonaro socorra os mais pobres, aqueles que foram afetados pela pandemia, pelo isolamento e pela falta de capacidade de continuar sustentando a sua família com seu próprio trabalho. É uma questão que tem impacto político e a oposição está em uma sinuca, eles têm que votar contra o Auxílio Brasil de R$ 400 e ficam inventando desculpas para votar contra a PEC dos precatórios. Vão prejudicar os pobres para tentar ganhar a eleições”, disse Barros.
A votação está marcada para acontecer na próxima quarta-feira (3), após o ministro da Cidadania, João Roma, fazer um apelo ao Congresso para aprovar a medida até a segunda semana de novembro.
Os pagamentos do Auxílio Brasil estão previstos para começar no dia 17 de novembro, com valor de R$ 222. Para elevar para R$ 400, como prometido, é necessário que o governo aprova a PEC que inclui um novo modelo de calcular o teto de gastos, que abriria espaço fiscal de R$ 83 bilhões.
“É um programa totalmente diferente porque é voltado para que a família não dependa da ajuda do governo e possa caminhar sozinha. É uma rampa de ascensão social”, finalizou Barros.