Ambos os presidentes se reuniram em Los Angeles. Mas o presidente reforçou contatos com Trump, que segundo ele, pode ir ao Brasil faltando dois meses da eleição
O presidente Jair Bolsonaro disse neste sábado (11) em Orlando que mudou de opinião sobre seu colega americano Joe Biden. O brasileiro, que nunca escondeu ser aliado do republicano Donald Trump e que antes de embarcar para a Cúpula das Américas em Los Angeles voltou a levantar dúvidas sobre o sistema eleitoral dos EUA sem provas, elogiou o democrata.
“Mudou (a opinião sobre Biden). Confesso para você. Uma coisa é você ver as pessoas pelas imagens da televisão, outra pessoalmente. Até você. Se você sair para tomar uma tubaína comigo e bater o papo, se você estiver pensando algo diferente de mim, tenho certeza de que vai sair de lá minha amiga”, afirmou Bolsonaro na porta de seu hotel, em Orlando.
Bolsonaro elogiou a reunião com Biden, que classificou como “reaproximação”. O encontro de ambos foi a primeira reunião bilateral dos dois mandatários. Bolsonaro elogia o americano por ter, segundo ele, “reconhecido” que os EUA já devastaram grande parte de suas florestas, indicando que o Brasil não deva fazer o mesmo.
Mas Bolsonaro também voltou a falar de republicanos. Ele, que politicamente é mais próximo de Trump, disse que havia a possibilidade de encontrá-lo também, mas isso acabou sendo descartado.
“Havia a possibilidade de encontrar com o Trump também, mas resolvemos não nos encontrar, porque o momento parece que não... Eu teria que fazer uma viagem mais longa também. E viemos aqui conversar com Joe Biden, foi um convite dele. Foi acertada a agenda antes de vir para cá. Tudo que foi acertado foi cumprido”, disse Bolsonaro.
Questionado se vai receber Trump no Brasil, Bolsonaro respondeu.
“Conversei com ele essa semana. Convidei como sempre. Ele quer, dois meses antes das eleições, se encontrar comigo aqui ou lá”, disse.
Antes de voltar ao Brasil, Bolsonaro também vai se reunir com o prefeito de Miami, Francis Suarez, do Partido Republicano, o mesmo de Trump. Os dois são potenciais candidatos a presidente na eleição de 2024. Apesar disso, Bolsonaro disse não ver nenhum problema em se encontrar com um possível rival de Trump.