Tomás Paiva afirmou que corporação tem um “eterno compromisso” na defesa da democracia
O comandante do Exército , general Tomás Paiva , reforçou nesta sexta-feira (19) que a corporação possui um “eterno compromisso” em defesa dos “mais caros ideais democráticos”. A fala aconteceu no evento de celebração do Dia do Exército, no quartel-general em Brasília, e contou com a participação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
“No dia de hoje, ao completar 376 anos de glórias, a Força Terrestre reafirma o eterno compromisso com a Nação brasileira em defesa da Pátria e dos mais caros ideais democráticos, mesmo com o sacrifício da própria vida”, disse o chefe do Exército. “Integramos uma Instituição de Estado, alicerçada na hierarquia e na disciplina, que se mantém coesa pelo culto a valores imutáveis”, acrescentou.
A declaração também ocorre após a Polícia Federal (PF ) intensificar a investigação sobre a relação entre membros da reserva e da ativa do Exército com a tentativa de golpe de Estado. Até o momento, três pessoas ligadas às Forças Armadas foram presas por tentar manter Jair Bolsonaro (PL) na Presidência da República e impedir o terceiro mandato de Lula.
Ao longo da Operação Tempus Veritatis , foram detidos Marcelo Câmara, coronel do Exército, Rafael Martins, major das Forças Especiais do Exército; e Bernardo Romão Corrêa Netto, outro coronel do Exército. Sem ligação com a corporação, o ex-assessor de Bolsonaro, Filipe Martins, também segue preso.
Em uma tentativa de se aproximar com o Exército, Lula ignorou aliados e decidiu comparecer ao evento no quartel-general , que, inclusive, serviu de acampamento para os bolsonaristas no 8 de Janeiro. Antes disso, o presidente da República também decidiu não comentar os 60 anos do golpe militar, em uma clara tentativa de não se indispor com a corporação.