Principal prova contra Geovanni Quintela Bezerra é um vídeo gravado por enfermeiras
O médico anestesista Geovanni Quintela Bezerra, preso no complexo penitenciário de Gericinó, na Zona Oeste do Rio, começará a ser julgado no próximo dia 12. Ele foi preso há cinco meses, acusado de ter estuprado uma paciente durante o parto, realizado no Hospital da Mulher, em São João de Meriti.
A principal prova contra ele é um vídeo gravado por enfermeiras que desconfiaram de atitudes suspeitas do médico durante a realização de outros partos. Com um celular escondido, elas conseguiram registrar as imagens.
Segundo informações obtidas pelo Fantástico, a Defensoria Pública alegou que a gravação do vídeo é ilegal pois foi feita sem conhecimento dos envolvidos ou aturização de algum poder público.
O argumento não foi aceito pela Justiça, que lembrou o fato de que crimes como este são sempre cometidos às escondidas e que a vítima não teria condições de denunciar o fato ou depor a respeito. Para cometer o crime, o anestesista aplicou, segundo consta no inquérito, sete doses de sedativos potentes.
A defesa chegou a pedir para que Giovanni Bezerra aguardasse o julgamento em liberdade. Pediu também a realização de um teste de sanidade do cliente, sob o argumento de que o médico tem transtornos psicológicos e fazia uso de medicamentos que aumentam o desejo sexual. Ambos os pedidos foram negados pela Justiça.