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O Agro que o mundo precisa está aqui

O Agro que o mundo precisa está aqui

O setor agropecuário tem sido uma das principais fontes de desenvolvimento econômico do Estado do Acre. O setor, além de crescer constantemente, gera empregos e aumenta a renda da população local. E com o objetivo de alavancar, ainda mais, o setor no estado, a nossa defesa em prol dos investimentos em infraestrutura, como a construção de ramais e a melhoria das estradas vicinais, assistência técnica permanente, além de incentivos fiscais e tecnológicos para o agro brasileiro são verdadeiras pontes entre a nossa região e o resto do mundo. Esse será, também, o meu papel enquanto diretor de relações internacionais da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), no Congresso Nacional.

Digo isso, pois além de deter uma forte vocação agrícola, o Acre possui um clima favorável para o cultivo de diversas culturas, como a mandioca, o milho, a banana, a soja, o café, o feijão, arroz, cana-de-açúcar e amendoim. Outrossim, a carne também se transformou em uma importante fonte de renda para a região, com um patrimônio bovino avaliado em R$ 10 bilhões, e que chega a gerar cerca de R$ 1,5 bilhão em renda para 38 mil produtores rurais, e desses, 25 mil são apenas pecuaristas. Falo, efetivamente, de uma potência agrícola.

Temos uma área agricultável de 390 mil hectares no eixo da BR-364 e da BR-317, com boas práticas de produção e escoamento. Em um sistema de integração lavoura-pecuária-floresta, é possível fazer até três safras ao ano, com infraestrutura, curvas de níveis e mecanização para fazer uma agricultura de baixo carbono e obter o máximo de produtividade e rentabilidade da terra. 

O agronegócio já representa 12% do Produto Interno Bruto (PIB) local e gera cerca de 75 mil empregos diretos. Soma-se, ainda, a pecuária, representada por 63% do Valor Bruto de Produção (VBP) do estado, que até setembro de 2022 chegou a R$ 2,36 bilhões. 

No que tange as exportações, nos últimos 24 anos, cresceram 3.646% em termos reais, pautadas em um potencial de crescimento da pecuária bovina de R$ 890 milhões por ano. Quanto aos empregos oriundos do setor no estado, só no ano passado, o aumento foi de 24% em relação a 2021.

Balizado em números tão expressivos, faço questão de reiterar a necessidade de investir em infraestrutura, ponto primordial para que o setor continue sendo o pilar econômico e social do povo acreano e de todos que escolheram o estado como lar.

Faz-se necessário pontuar, que o desenvolvimento do agronegócio no Acre acontece debaixo do guarda-chuva da sustentabilidade. Digo isso, pois uma das maiores verdades do agro brasileiro é a possibilidade de produzir de forma sustentável e ainda garantir a conservação dos recursos naturais. O sucesso elencado linhas acima, portanto, percorre o glorioso caminho dos que respeitam as riquezas naturais aqui encontradas.

Em face de inúmeras provas da pujança do setor agropecuário, especialmente, no que concerne ao poderio do nosso estado, julgo lamentável que o ex-senador e ex-governador Jorge Viana (PT) tenha desperdiçado a oportunidade de ampliar as relações comerciais com a China ao fazer críticas ao setor produtivo brasileiro durante evento em Pequim. 

Lembro a ele, e a quem necessário for, que o Brasil é o protagonista da segurança alimentar mundial. Um dos líderes em produção de alimentos e exportador reconhecido, inclusive, pela Organização das Nações Unidas (ONU), como o único capaz de alimentar o mundo, com o volume e qualidade necessários, nas próximas décadas.

Somos o País do Código Florestal, o mais rigoroso do planeta. Somos o Brasil do agro que não para. Somos a produção e a sustentabilidade do mundo. Merecemos respeito.


Alan Rick (UNIÃO BRASIL - AC), Coordenador de Relações Internacionais da Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA). Acreano de Rio Branco, nascido em 23 de outubro de 1976. Senador da República, Deputado Federal por dois mandatos, jornalista, administrador de empresas com Habilitação em Comércio Exterior. Pós-graduado em jornalismo político. Poeta e cronista com dois livros publicados. Antes de ser parlamentar, foi âncora da TV Gazeta, de Rio Branco, por quase 20 anos.