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De Pombal às ONGs: A Nova Companhia de Jesus e a Soberania Brasileira

De Pombal às ONGs: A Nova Companhia de Jesus e a Soberania Brasileira

A soberania de um país depende de sua capacidade de controlar e integrar seu território.

No século XVIII, o Marquês de Pombal percebeu essa necessidade ao expulsar os jesuítas do Brasil.

Mais do que uma ordem religiosa, a Companhia de Jesus era um poder paralelo, com vastas propriedades, influência política e financeira, além de forte presença em territórios estratégicos. Sua resistência ao domínio da Coroa ameaçava a unidade da colônia. Pombal interveio e garantiu a consolidação do Brasil.

Duzentos e cinquenta anos depois, a história se repete. ONGs estrangeiras atuam em terras indígenas, restringem o acesso do Estado e de brasileiros, impõem regras próprias e, em alguns casos, incentivam o uso de línguas estrangeiras, afastando essas populações da integração nacional. Muitos desses territórios coincidem com áreas ricas em minerais estratégicos, como nióbio e urânio. Não é coincidência.

A nova ordem geopolítica mundial vai nessa direção. Recentemente, Donald Trump incluiu, em negociações para um tratado de paz entre Rússia e Ucrânia, a garantia de que os EUA terão acesso privilegiado às “terras raras” ucranianas para exploração de minerais estratégicos. O mesmo tipo de interesse pode estar por trás da crescente influência estrangeira na Amazônia, sob o pretexto de defesa ambiental e proteção dos povos indígenas.

Se o Brasil não tomar medidas firmes, poderá perder, na prática, o controle sobre essas áreas. A criação de “territórios autônomos” pode ser o primeiro passo para sua internacionalização, sob justificativas humanitárias e ambientais. O que falta hoje não é um déspota esclarecido, mas sim um estadista com visão estratégica, capaz de compreender o jogo geopolítico e equilibrar a defesa da soberania nacional com os direitos indígenas e ambientais.

Pombal garantiu a unidade da colônia. O Barão do Rio Branco consolidou nossas fronteiras na República recém-criada. Agora, precisamos de um líder à altura do desafio, pois o tempo para agir está se esgotando.

A história se repete. No século XVIII, os jesuítas se opunham à plena integração territorial do Brasil. No século XXI, certas ONGs parecem desempenhar papel semelhante. A ameaça à soberania nacional exige um enfrentamento estratégico e inteligente. O Brasil precisa decidir se continuará dono de seu território ou se permitirá que sua Amazônia seja governada por interesses externos.

A solução não está no isolamento nem na submissão, mas em políticas de proteção Estratégica, equilibrando desenvolvimento econômico e preservação ambiental, sem permitir que potências estrangeiras ditem as regras sobre nosso próprio território.

Sérvulo Melo da Costa, amazônida do Acre