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Sebrae discute importância da inovação com lideranças empresariais do país

Em reunião virtual da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), gerente de inovação do Sebrae apresentou principais iniciativas para estimular e fortalecer a inovação nos pequenos negócios

A primeira reunião do ano do Comitê de Líderes da Mobilização Empresarial pela Inovação (MEI), grupo coordenado pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), foi realizada de forma virtual nesta sexta-feira (19). O encontro que reuniu as principais lideranças empresariais do país contou com a presença do gerente de inovação do Sebrae Nacional, Paulo Renato Cabral. Ele destacou as iniciativas do Sebrae em prol da inovação das micro e pequenas empresas, entre elas as ações realizadas em colaboração com a CNI e a MEI, como o Congresso Brasileiro de Inovação e o Prêmio Nacional de Inovação, previstos para o segundo semestre de 2021. 

De acordo com Paulo Renato, a promoção da inserção digital das MPE  em um ambiente nacional e global é um diretriz muito forte do Sebrae, principalmente durante a pandemia. “Criamos uma sala de situação em caráter emergencial para colocar à disposição dos pequenos negócios todos os nossos serviços, inclusive dando orientação  ao crédito facilitado e informações técnicas para que os empreendedores possam migrar parte do seu modelo de negócio para a internet e comercializem seus produtos e serviços”, ressaltou. 

Para o líder da MEI, Pedro Wongtschowski, que na ocasião coordenou a reunião, a atual gestão do Sebrae tem dado uma importância muito grande à inovação. “O Sebrae tem sido um parceiro na realização de eventos, mas principalmente quanto estimula as atividades de inovação junto aos pequenos negócios”, disse. 

Em viagem no exterior, o ministro da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI), Marcos Pontes, participou da reunião por meio de um vídeo gravado. Na mensagem, ele destacou a importância da inovação para o desenvolvimento dos países e defendeu os recursos do Fundo Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (FNDCT) que foram liberados em votação do Congresso Nacional. “É preciso enxergar esses recursos não como gastos, mas como investimentos. No caso do fundo, eles são essenciais para o nosso desenvolvimento”, declarou.

Experiências de inovação

Entre as principais ações realizadas pelo Sebrae com foco em inovação, o gerente do Sebrae destacou o Programa Brasil Mais, realizado em parceria com o Ministério da Economia e o Senai. Até o momento, 25 mil empresas foram impactadas pela iniciativa que oferece apoio técnico do Sebrae com a atuação dos Agentes Locais de Inovação (ALI). “O nosso agente atua como se fosse um consultor, um médico da família que vai até a empresa apoiar e facilitar o processo de transformação digital e inovação da pequena empresa participante do programa”. A meta é atingir 110 mil empresas com os 1.100 agentes do Sebrae em campo. 

Outra iniciativa citada foi o Catalisa ICT, realizado com vários parceiros, como o Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovações (MCTI) e com o Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPQ). O programa está selecionando mais de mil pesquisas de mestrado e doutorado com potencial inovador para se tornarem novas empresas de base tecnológica no país. Além de capacitação em gestão, os pesquisadores vão receber mentorias para acelerar o negócio e buscar investimentos no mercado. 

Ambiente de negócios favorável

Em seu pronunciamento, o secretário Especial de Produtividade, Emprego e Competitividade (SEPEC) do Ministério da Economia, Carlos Da Costa, afirmou que o ambiente de negócios é o principal fator para a estimular a inovação, segundo comparações internacionais. Ele apresentou as metas prioritárias da secretaria que incluem melhorias no ambiente de negócios das empresas brasileiras. Entre as metas previstas estão a redução do Custo Brasil em R$ 1 trilhão; o aumento em 30% da produtividade das micro e pequenas empresas (MPE) e posicionar o país no top 50 na lista do Doing Business do Banco Mundial. 

“Um ambiente de negócios inóspito afasta a inovação tanto dentro das empresas como afasta as empresas inovadoras que precisam de um ambiente de negócios leve. Aquela empresa de processos mais estanque até consegue lidar com o ambiente de negócios ruim, mas as empresas inovadoras que precisam de mais flexibilidade para mudar vão precisar de um ambiente de negócios excelente”, explicou. 

Em relação aos pequenos negócios, ele avalia que no mundo inteiro, uma parte considerável da inovação vem das MPE. “Para isso acontecer é preciso que elas tenham um ambiente adequado, além de capacidade gerencial com potencial inovador e digital para chegar lá”, analisou.

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