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Rio Juruá sai da cota de transbordo, mas ainda há mais de 20 famílias desabrigadas em Cruzeiro do Sul

Manancial marcou 12,86 metros nesta terça-feira (13) e está com 14 centímetros abaixo da cota de transbordo. Mesmo assim, Defesa Civil diz que ainda não há indicativo para desabrigados retornarem para suas casas

Mais de 20 famílias seguem desabrigadas no município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, por conta da cheia do Rio Juruá. De acordo com dados da Defesa Civil Municipal, o manancial saiu da cota de transbordo que é de 13 metros e marcou 12,86 metros nesta terça-feira (13).

Mesmo com essa baixa no nível das águas, o órgão informou que ainda não há indicativo para que os desabrigados retornem para suas casas com segurança. A previsão é que ao menos seis mil famílias de 13 localidades estejam atingidas pela cheia.

Os desabrigados estão nos abrigos montados na Escola Padre Marcelino Champagnat, Escola Padre Cristóvão Freire Arnaud e Escola Maria Conceição. Há ainda as famílias que estão desalojadas, ou seja, foram levadas para casas de parentes, mas a Defesa Civil afirmou que não tem a quantidade exata, porque elas costumam sair e voltar para casa por conta própria.

Localidades atingidas

  • Várzea
  • Miritizal
  • Lagoa
  • Cruzeirinho
  • Olivença
  • Cobal
  • Saboeiro
  • Parte do Remanso
  • Comunidade Praia Grande
  • Ramal da Boca do Moa
  • Estirão do Remanso
  • Comunidade Florianópolis
  • Comunidade Tapiri

Cheia histórica

O município teve uma cheia histórica que fez com que o prefeito da cidade, Zequinha Lima, decretasse situação “anormal”, que é de emergência nível dois, nas áreas atingidas pela cheia do rio e igarapés da região. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 23 de fevereiro deste ano.

O decreto levava em consideração o número de pessoas atingidas, 33 mil. No total, 250 pessoas chegaram a ser removidas de suas casas e levadas para abrigos, 3.952 foram para casas de familiares. Pelos menos 20 bairros e comunidades chegaram a ser atingidos. A prefeitura já tinha decretado situação de emergência no dia 15 do mesmo mês.

O manancial chegou à cota de 14,19 metros. A maior cota até então tinha sido registrada em 2017, quando o manancial chegou a 14,20 metros, neste ano ele superou a marca de 14,36 metros, esta foi considerada a maior cheia já registrada no rio Juruá. .

130 mil atingidos pela cheia

O Acre já teve quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado em fevereiro deste ano. No total, dez cidades foram afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, no último dia 22 de fevereiro, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o estado de calamidade pública em 10 cidades do Acre atingidas por inundações causadas pela cheia dos rios no estado.

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