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Rio Juruá estabiliza acima da cota de transbordo e mais de 20 famílias seguem em abrigos em Cruzeiro do Sul

Cheia atinge mais de 6 mil famílias, segundo dados da Defesa Civil. Manancial está há três dias na marca dos 13,50 metros, sendo que a cota de transbordo é de 13 metros

Moradores do município de Cruzeiro do Sul, no interior do Acre, continuam sofrendo com a cheia do Rio Juruá, que atinge mais de 6 mil famílias. Segundo dados da Defesa Civil Municipal, o manancial está há três dias estabilizado na marca dos 13,50 metros, sendo que a cota de transbordo é de 13 metros.

Mais de 20 famílias seguem desabrigadas e foram levadas para um dos três abrigos da cidade, que continuam ativos. Há ainda as famílias que estão desalojadas, ou seja, foram levadas para casas de parentes, mas a Defesa Civil informou que não tem a quantidade exata, porque elas costumam sair voltar para casa por conta própria.

Pelo menos 17 famílias que ainda não voltaram para as suas residências desde à última cheia no município, em fevereiro deste ano.

Os desabrigados estão nos abrigos montados na Escola Padre Marcelino Champagnat, Escola Padre Cristóvão Freire Arnaud e Escola Maria Conceição.

Localidades atingidas

  • Várzea
  • Miritizal
  • Lagoa
  • Cruzeirinho
  • Olivença
  • Cobal
  • Saboeiro
  • Parte do Remanso
  • Comunidade Praia Grande
  • Ramal da Boca do Moa
  • Estirão do Remanso
  • Comunidade Florianópolis
  • Comunidade Tapiri

Cheia histórica

O município teve uma cheia histórica que fez com que o prefeito da cidade, Zequinha Lima, decretasse situação “anormal”, que é de emergência nível dois, nas áreas atingidas pela cheia do rio e igarapés da região. O decreto foi publicado no Diário Oficial do Estado (DOE) no dia 23 de fevereiro deste ano.

O decreto levava em consideração o número de pessoas atingidas, 33 mil. No total, 250 pessoas chegaram a ser removidas de suas casas e levadas para abrigos, 3.952 foram para casas de familiares. Pelos menos 20 bairros e comunidades chegaram a ser atingidos. A prefeitura já tinha decretado situação de emergência no dia 15 do mesmo mês.

O manancial chegou à cota de 14,19 metros. A maior cota até então tinha sido registrada em 2017, quando o manancial chegou a 14,20 metros, neste ano ele superou a marca de 14,36 metros, esta foi considerada a maior cheia já registrada no rio Juruá. .

130 mil atingidos pela cheia

O Acre já teve quase 130 mil pessoas atingidas de alguma forma pela cheia dos rios na capital e no interior do estado em fevereiro deste ano. No total, dez cidades foram afetadas: Rio Branco, Cruzeiro do Sul, Tarauacá, Feijó, Sena Madureira, Santa Rosa do Purus, Jordão, Porto Walter, Mâncio Lima e Rodrigues Alves.

O Ministério do Desenvolvimento Regional (MDR) reconheceu, no último dia 22 de fevereiro, em edição extra do Diário Oficial da União (DOU), o estado de calamidade pública em 10 cidades do Acre atingidas por inundações causadas pela cheia dos rios no estado.

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