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Em meio à cheia histórica, ponte de Brasiléia é invadida pelas águas do Rio Acre

Em meio à cheia histórica, ponte de Brasiléia é invadida pelas águas do Rio Acre

Cidade está isolada por via terrestre e ponte está interditada desde o último domingo (26). Rio Acre está três metros acima da cota de transbordamento no município, que é de 11,40 metros

Brasiléia, distante mais de 200 km da capital Rio Branco, enfrenta a segunda maior enchente de sua história e o nível do Rio Acre marcou, às 12h desta terça-feira (27), 15,08 metros. As dimensões da cheia no município chegaram a afetar a Ponte Metálica José Augusto, que já se encontra com água, lixo e demais dejetos, conhecidos como ‘balseiros’, que invadiram a passagem no local.

O Acre enfrenta uma cheia histórica em 2024. Em todo o estado, mais de 11,5 mil pessoas estão fora de casa, dentre desabrigados e desalojados, segundo a última atualização nesta terça (27). Além disto, 17 das 22 cidades acreanas estão em situação de emergência por conta do transbordo de rios e igarapés. Ao menos 23 comunidades indígenas no interior do Acre também sofrem com os efeitos das enchentes.

Neste ano, a enchente já provocou o isolamento da cidade por via terrestre em Brasiléia, já que a ponte que liga à cidade a Epitaciolândia, município vizinho, teve que ser interditada no último domingo (25), justamente por conta dos riscos de as águas invadirem a ponte. O Rio Acre está mais de três metros acima da cota de transbordo estabelecida em 11,40 metros para a cidade.

A ponte, que fica na BR-317, é a única via de acesso terrestre tanto para Brasiléia como para a cidade de Assis Brasil, na fronteira com o Peru. É por ela que chegam mercadorias, suprimentos, medicamentos e combustível.

De acordo com a prefeitura, a população do município sofre com a quarta alagação em 11 anos e com isolamento da única ponte de acesso ao lado brasileiro. A Ponte Metálica José Augusto é de mão única que liga também ao município vizinho Epitaciolândia. Sem essa ligação, não é possível trafegar por terra até a fronteira boliviana.

Ainda segundo a prefeitura, as águas chegaram até à ponte quando o Rio Acre alcançou 15 metros. A Energisa, companhia responsável pelo fornecimento de energia elétrica no estado, destacou que uma equipe foi ao local para verificar se há riscos de acidentes e se será necessário ou não a interrupção no abastecimento de energia na localidade.

“Agora pela manhã fizemos uma intervenção com um intuito de efetivar a elevação do nível dos condutores que cruzam o Rio Acre na divisa das cidades de Brasiléia e Epitaciolândia. Essa ação foi necessária para garantir o funcionamento pleno da cidade de Brasiléia quanto à questão da energia elétrica, uma vez que com a elevação do nível dos rios, os condutores começaram a ficar muito próximos da água”, disse Gerisson Soares, responsável pela Energisa na regional do Alto Acre.

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