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Demolição de reservatório que ameaçava cair em cima de escola entra na fase final em Rio Branco

Demolição de reservatório que ameaçava cair em cima de escola entra na fase final em Rio Branco

Previsão do Depasa é de concluir obra até o final de março, após demolir os pilares e construir uma cobertura para o reservatório de água no Conjunto Tucumã. Trabalhos iniciaram em julho de 2021

Após mais de 8 meses, as obras de demolição do reservatório de água desativado, que ameaçava cair sobre a Escola Infantil Padre Peregrino Carneiro de Lima, no Conjunto Tucumã I, em Rio Branco, entraram na fase de conclusão e devem ser entregues em até 20 dias.

Essa é a previsão da direção de Operações do Departamento de Água e Saneamento do Acre (Depasa).

A ordem de serviço foi assinada no dia 21 de julho do ano passado e a obra iniciou no dia 27, depois de um longo processo, e a Empresa Municipal de Urbanização de Rio Branco (Emurb) - contratada para fazer o serviço - iniciou o serviço de execução, com limpeza e isolamento da área para a demolição.

A previsão inicial era de que a demolição fosse concluída em um prazo de 60 dias. Porém, na época, o Depasa informou que a espessura do reservatório acabou dificultando o trabalho. Foi dito também que que seria um trabalho manual e lento e que o reservatório seria demolido de cima para baixo com o uso de martelete pneumático. O serviço custou cerca de R$ R$ 330,4 mil.

A aposentada Tereza Maria Matias é uma das moradoras do bairro felizes com a demolição. A casa que ela morava fica quase em frente do portão da escola e também se preocupava com a possível queda da estrutura.

Tereza está de mudança para outra casa no mesmo bairro. As netas dela estudam na escola.

“Acho que agora as crianças vão poder voltar para a escola mais tranquilas, os pais, a diretora que pediu para demolir a caixa. Creio que vai dar tudo certo agora para os vizinhos, moradores daqui por causa da caixa de água. Não vou ficar aqui, mas quem vai se sentir bem aliviado por causa disso aí. Atenderam o pedido da diretora, da escola e todo mundo. As pessoas vão se sentir bem melhor”, relatou.

reservatorio 001 webTrabalhadores vão demolir ainda os pilares do reservatório e construir uma cobertura — Foto: Agatha Lima/Rede Amazônica Acre

Demolição

O diretor de Operações do Depasa, Alan Ferraz, explicou que a parte de alvenaria de vedação foi toda retirada e falta apenas fazer a demolição dos pilares. Os trabalhadores também farão uma cobertura para o reservatório, que será como uma espécie de laje.

“Já retiramos a caixa de água, que era o mais difícil e mais complicado, a parede que estava fechada que era de concreto também foi retirada e ficaram só os pilares agora, que é a última parte. Vamos finalizar com a cobertura”, destacou.

Ferraz acrescentou que o trabalho deve ser concluído em até 20 dias. Ele disse também que o Serviço de Água e Esgoto de Rio Branco (Saerb) assumiu a obra no início do mês. “Contratamos a Emurb para fazer o serviço, estamos pagando por meio de um contrato entre o Depasa e a Emurb. A operação de distribuição de água já é do Saerb desde o dia 1º de janeiro”, concluiu.

reservatorio 002 webTrabalhos de demolição iniciou ainda em 2021, mas desde dezembro de 2020 que comunidade pedia o serviço no local — Foto: Asscom/Depasa

Ameaça para a comunidade

A estrutura ameaçava cair em cima da Escola Municipal Padre Peregrino Carneiro de Lima e de algumas casas da localidades. A luta pela demolição do reservatório começou ainda em dezembro de 2020 e, partir de então, foram feitas denúncias por parte da direção.

O reservatório, que fazia parte do sistema de abastecimento de água da capital, foi desativado quando foram identificados problemas na estrutura.

Em fevereiro de 2021, o Ministério Público do Acre (MP-AC) emitiu uma recomendação ao Depasa para iniciar a demolição do reservatório. Um laudo elaborado pelo órgão mostrou os graves problemas identificados na estrutura da construção.

Entre os problemas, o perito apontou que a caixa d’água tem uma inclinação de 12,5 centímetros do topo em relação à base em direção à escola. O prazo para conclusão da demolição acabou em abril. Ainda segundo a reclamação dos servidores, a escola precisa de reparos na estrutura, mas está impedida de iniciar qualquer obra de reparo sem que o problema com o reservatório seja resolvido.

Segundo o relatório do MP-AC, os defeitos encontrados no reservatório causaram ‘fissuras, infiltrações e carbonatação com consequentes efeitos de corrosão na armadura, desagregação do concreto e perda da capacidade de resistência’.

Além disso, três dos quatro pilares do reservatório, a laje e a fixação de braçadeira de aço estavam comprometidos por causa da corrosão. Havia também problemas na instalação da rede elétrica e na escada de acesso de segurança.

Em junho, os servidores da escola divulgaram uma carta para denunciar que o reservatório de água desativado da localidade ainda não tinha sido demolido. A diretora da escola, disse que, além da preocupação com o possível desabamento do reservatório, que pode vitimar pessoas, outra preocupação é com o retorno das aulas presenciais.

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