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Com medo de acidentes, taxistas do AC cobram recuperação de trecho da BR-317 que rompeu no início do ano

Mobilização dos motoristas ocorre após um grave acidente, registrado na última semana, com dois caminhões e um taxista que caiu em uma ribanceira

Um grupo de taxistas de cidades do interior do Acre se reuniu, na Câmara de Vereadores de Brasileia, nessa sexta-feira (30), para falar das preocupações com acidentes registrados no trecho da BR-317 que rompeu, em março deste ano, e chegou a deixar municípios isolados. O rompimento foi no km 28, em Epitaciolândia.

A mobilização dos motoristas ocorre após um grave acidente, registrado na última semana, com dois caminhões e um taxista que caiu em uma ribanceira. Participaram do encontro representantes do sindicato dos profissionais de Brasileia, Epitaciolândia e Rio Branco. Além de representante da Junta Comercial e vereadores da cidade onde ocorreu a reunião, segundo informou o presidente do Sindicato dos Taxistas de Epitaciolândia, Nandro Carvalho.

“Graças a Deus que o acidente com nosso taxista não aconteceu o pior, foram só danos materiais. Assim como todo mundo que se acidentou ali. Será que vão esperar uma vítima fatal para tomar uma atitude? Queremos reivindicar isso. Por nós teríamos fechado hoje, mas decidimos reunir para não criar um tumulto, resolvemos conversar e queremos uma solução”, disse.

Após o encontro, uma reunião ficou marcada para ocorrer na próxima semana com o superintendente do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit), Carlos Moraes, que confirmou que vai se reunir com a categoria.

“Estamos trabalhando com várias frentes, inclusive, o processo licitatório encaminhei hoje para a procuradoria que atua junto ao Dnit em Brasília para fazer a análise da minuta do edital. A gente está trabalhando também com a possibilidade de colocar o serviço definitivo em um termo aditivo do contrato de manutenção”, disse Moraes.

No início desta semana, o Dnit já tinha informado que foi feito um restabelecimento provisório no local, mas ainda não tem uma previsão de quando a obra definitiva deve ocorrer. Nesta sexta, Moraes disse que estuda mudar o material convencional que seria usado na recuperação.

“Também estudamos usar um tubo de polietileno de alta densidade, o PAD, em substituição à solução convencional que usa o concreto armado, em razão, sobretudo, do acréscimo abrupto que teve no preço do ferro e do cimento. A solução que der primeiro, a licitação ou termo aditivo, vamos fazer, mas por hora, considerando que ainda estamos em tratativa com todas as soluções, não temos uma data definida para o início do serviço” acrescentou.

O representante dos taxistas disse que é um risco e acrescentou ainda que pelo menos seis acidentes já ocorreram no local. Um motociclista também teria caído na ribanceira, segundo o sindicalista.

“A gente sabe que estão trabalhando na estrada, está melhorando para nós, mas, ali está muito complicado, se tivesse feito pelo menos duas pistas, mas é uma pista só e ruim, mal sinalizada. A gente quer um acordo para não criar tumulto e constranger a população. Vamos dar um prazo curto e se não resolver vamos fechar. O verão está acabando e no inverno não tem como trabalhar”, disse.

Relembre o caso

A estrada rompeu depois que a tubulação de escoamento do Igarapé Monte Santo não suportou o volume de água durante a forte chuva que atingiu o local, no dia 21 de março, e deixou pelo menos três cidades do interior do estado isoladas na região do Alto Acre: Epitaciolândia, Brasiléia e Assis Brasil.

No local, recentemente também ocorreu um acidente envolvendo dois caminhões e um táxi que acabou caindo na ribanceira, depois de sair da pista. Já os dois caminhões ficaram sobre a pista, que deixou a rodovia bloqueada por algumas horas.

“A gente fez um restabelecimento provisório e estamos em tratativa dentro do nosso contrato, para fazer uma obra definitiva. Mas, ainda não temos uma definição de início nem de término do serviço. Estamos trabalhando para que se comece o mais rápido possível para aproveitar o Verão Amazônico”, disse o superintendente do Dnit, Carlos Moraes.

Reparo

Quando passou pelos reparos provisórios em março, o Dnit já tinha informado que para fazer a recuperação definitiva do trecho, era necessário a elaboração de um projeto executivo para obra definitiva e falou da impossibilidade de execução de serviço naquela época do ano, de muita chuva.

“Em menos de 24h concluímos os serviços de recomposição da plataforma, possibilitando o tráfego de todos os veículos que aguardavam em fila. Já estamos acionando profissional com especialidade em hidrologia para realizar estudo do curso d’água e sua bacia para o correto dimensionamento do novo dispositivo de drenagem que será executado em definitivo, ainda esse ano, no período de estiagem amazônica”, afirmou Moraes na época.

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