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Campanha do MP arrecada bolsas e mochilas de viagem para entregar a imigrantes que usam Acre como rota

Doações começaram podem ser feitas no Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), no edifício sede do MP, no Centro de Rio Branco, até o final do mês de novembro

Uma campanha lançada pelo Ministério Público Estadual (MP-AC) faz a coleta de bolsas e mochilas de viagem para que sejam doadas aos migrantes que usam o Acre como rota. A mobilização ocorre durante todo o mês de novembro.

As doações começaram podem ser feitas no Núcleo de Apoio e Atendimento Psicossocial (Natera), no edifício sede do MP, no Centro de Rio Branco, até o final do mês de novembro.

São duas situações que fizeram com que o número de imigrantes crescesse no Acre; a primeira, a de imigrantes que entraram no Brasil entre 2010 e 2016 em busca de uma vida melhor após terremoto que atingiu o Haiti, e a segunda foi a crise causada pela pandemia onde muitos tentam sair do país para seguir viagem até México, Canadá, Estados Unidos e outros países.

Outra situação é que o Peru, mesmo fechando a passagem para a entrada de imigrantes, libera a saída deles para o lado brasileiro, então, é uma porta de entrada para venezuelanos que buscam melhores em estados brasileiros. Eles fogem da crise na Venezuela.

Fábio Fabrício, coordenador do Natera, disse que o órgão ministerial tem uma atuação de acolhimento dos imigrantes e compõe um conjunto de instituições em relação aos direitos da população imigrante.

“Temos um projeto chamado Travessia que foi reconhecido nacionalmente pelo Conselho Nacional do MP, como uma experiência exitosa em defesa dos direitos fundamentais desse público. A campanha é uma parte bastante específica em relação a isso. A ideia da gente é ajudar aqueles que estão em trânsito migratório de uma necessidade material muito imediata que é de bolsas, mochilas para levar seus pertences”, explicou.

Fabrício disse que é muito recorrente que eles peçam por estes itens e, por isso, a ideia de fazer a arrecadação para colocar à disposição da Pastoral do Migrante.

“A gente recolhe e coloca à disposição dos abrigos. Estabelecemos por 30 dias, durante o mês de novembro, e à medida em que for chegando, vamos registrando para prestar contas e também já colocamos à disposição, porque o fluxo migratório é intenso, mesmo que a fronteira com o Peru esteja fechada, não param de chegar pessoas que vêm por rotas alternativas”, acrescentou.

O coordenador explicou que outras necessidades como alimentação, auxílio para retirada de documentos, acolhimento em abrigos são oferecidas pelo poder público e por isso a campanha é de apoio e específica para arrecadar bolsas e mochilas.

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