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Após quase 2 anos da aprovação de recurso, FEM aguarda documentos para iniciar reforma da Tentamen em Rio Branco

Verba de mais de R$ 800 mil tinha sido aprovada em 2020. Presidente da FEM, Manoel Pedro, disse que espera dar a ordem de serviço até o final de março

Após quase dois anos da aprovação de mais de R$ 800 mil pelo Ministério da Justiça para que a sede da Sociedade Recreativa Tentamen, um dos mais importantes espaços culturais da história do Acre, fosse reformada, o presidente da Fundação Elias Mansour (FEM), Manoel Pedro, disse que aguarda apenas análise de documentos para dar ordem de serviço.

A aprovação do valor ocorreu no dia 8 de outubro de 2020, quando foi publicado no Diário Oficial da União. A duração é de 24 meses para a execução da obra. Porém, na época, Manoel Pedro disse que após a aprovação do recurso, a justiça ainda faria diligências e quando fosse concluída e que a verba seria liberada para o processo de licitação.

Quase dois anos depois, o presidente disse que está encerrada a parte burocrática e feito o processo licitatório, resta apenas a liberação da Secretaria de Infraestrutura do Acre (Seinfra) que analisa os documentos dos orçamentos.

“Já está tudo certo. Apenas no aguardo da Seinfra me mandar os documentos dos orçamentos que foram enviados para eles porque eles têm que fazer a checagem para eu poder dar a ordem de serviço. Teve todo um processo de diligência e o que nos levou a essa lacuna toda é que tem muita burocracia, ajustes e lentidão, mas já chegou a fase de licitação, temos empresa vencedora, e foi encaminhado o orçamento para podermos dar a ordem de serviço”, acrescentou.

Pedro falou ainda que até o final do mês acredita que deve iniciar a obra que deve durar cerca de 90 dias. Todo o prédio deve ser restaurado conforme explicou.

Primeiro clube de Rio Branco

Fundada em 11 de abril de 1924 pelo Dr. Mário de Oliveira, a Tentamen foi palco de festas, formaturas, jantares, bailes de Carnaval e diversos outros eventos da sociedade acreana durante a maior parte do século XX. O local era frequentado por seringalistas, autoridades, comerciantes, além dos próprios seringueiros.

O espaço era o principal local de festas, lazer e encontros na capital acreana. Foi no grande salão de madeira que diversos casais se conheceram, namoraram e construíram algumas das famílias acreanas.

O prédio foi construído todo em madeira em um estilo próprio dos anos 20, mesmo modelo dos casarões dos donos de seringais, típicos da Amazônia.

Em 2016, o prédio já esperava liberação da justiça para ser reformado. A previsão é que a obra ainda iniciasse naquele mesmo ano, porém, o prédio continua de portas fechadas, vulnerável tanto aos efeitos do tempo, como para a ação de vândalos.

Com a aprovação da verba, a FEM informou que devem passar pela reforma a área interna e externa do prédio, a parte arquitetônica, elétrica e hidráulica, pintura de paredes, recuperação da estrutura de madeira, reorganização dos espaços destinados à área administrava, recepção e lazer, bem como adequação do espaço para garantir acessibilidade.

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