O ex-governador e ex-senador Jorge Viana, em conversa com o jornalista Luiz Carlos Moreira Jorge, do Blog do Crica, revelou estar reavaliando sua candidatura ao Senado Federal em 2026. Sempre bem posicionado nas pesquisas de opinião até aqui disponibilizadas, aparecendo ao lado do governador Gladson Cameli (PP) e do senador Márcio Bittar (PL) como forte postulante às duas vagas disponíveis para o posto.
Avaliação
Viana avalia, ainda, a alternativa de concorrer ao governo do estado ou mesmo permanecer exercendo função no Governo Federal, participando de forma mais ativa no projeto de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Cenário
A possibilidade de Jorge Viana permanecer no cargo que atualmente exerce no governo federal, presidente da Apex Brasil, ou mesmo ser removido para outro posto com envergadura ministerial, decorre do anúncio de que ao menos 20 dos 38 ministros do governo Lula deixarão seus cargos até abril de 2026, seguindo os prazos previstos pela legislação eleitoral para que pré-candidatos se desincompatibilizem de suas funções atuais.
Rearranjo
A movimentação acerca da reforma ministerial abre a possibilidade para que uma equipe com perfil mais técnico e menos político seja alçada ao primeiro escalão, afirmam fontes do Executivo, que ponderam, por outro lado, que isso pode gerar desafios adicionais nas negociações com o Congresso.
Largada
A reorganização dos ministérios já está em curso. De início, teve a nomeação de Guilherme Boulos para ministro da Secretaria-Geral da Presidência como passo importante e deve continuar a ser anunciada nos próximos meses. É nesse cenário que Jorge Viana avaliará o posicionamento a ser seguido pelo presidente Lula e, a partir daí, tomara sua decisão sobre a participação no pleito de 2026, bem como qual o cargo que disputará.

Tranca
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decretou neste sábado (27) a prisão preventiva de Filipe Martins, ex-assessor de Jair Bolsonaro (PL). A informação foi confirmada pela defesa do investigado.
Condenação
Filipe Martins é um dos réus no julgamento do chamado núcleo 2 da trama golpista, que apura a tentativa de golpe para manter Jair Bolsonaro no poder após as eleições. Ele foi condenado a 21 anos de prisão por atuar na estrutura de gerenciamento das ações da organização criminosa investigada.
Protagonismo
A Procuradoria-Geral da República (PGR) sustenta que o ex-assessor exerceu papel estratégico dentro do grupo, sendo responsável por organizar e coordenar iniciativas que buscavam dar sustentação política e operacional ao plano de ataque ao Estado Democrático de Direito.
Prevenção
A decisão acerca da prisão do ex-assessor de Jair Bolsonaro ocorre um dia após a prisão do ex-diretor da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Silvinei Vasques no Paraguai, enquanto ele tentava fugir, com documentos falsos, para El Salvador.

Palpos de aranha
A ex-deputada federal Carla Zambelli (PL-SP), considerada um ícone do bolsonarismo, foi transferida de cela após sofrer agressões por outras detentas na penitenciária onde está detida em Roma, na Itália. Zambelli, que está presa desde julho e aguarda o andamento do processo de extradição ao Brasil, teria sido atacada em pelo menos três ocasiões distintas antes de setembro deste ano, conforme relatos da defesa.
Queixa
Ainda segundo a defesa, Zambelli teria comunicado formalmente as agressões à administração do presídio, mas não teria recebido providências imediatas do sistema penitenciário italiano, que teria atribuído a falta de ação à alta rotatividade de detentas na unidade.
Segurança
Diante da preocupação com sua integridade física, os advogados solicitaram a mudança de cela e de andar dentro da penitenciária. O pedido foi aceito, e Zambelli foi transferida do andar térreo para um andar superior da unidade prisional.
Histórico
Zambelli está detida na Itália após deixar o Brasil para tentar evitar o cumprimento da pena de 10 anos de prisão imposta pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) por invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Enquanto aguarda a extradição, a parlamentar renunciou oficialmente ao mandato na Câmara dos Deputados em 14 de dezembro.

Profano
O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, está na canoa presidencial de Tarcísio de Freitas, diz um aliado — e dela não sairá. Um dos principais aliados de Jair Bolsonaro ddurante toda a saga do capitão no governo e, depois, fora do Planalto, Malafaia atua como uma espécie de conselheiro dedicado a construir um projeto de candidatura que privilegie um programa para derrotar o PT e o presidente Lula.
Encenação
Freitas segue com discurso e postura de presidenciável. Em 2026, o governador de São Paulo espera encaminhar uma aliança que coloque na rua diferentes nomes de direita para um “teste” sobre quem tem mais viabilidade de derrotar o petismo nas urnas.

Estratégia
A propósito da sucessão presidencial, o cenário político ganha novos contornos com a possibilidade de a direita brasileira adotar uma “estratégia à chilena”. Em comentário recente, o jornalista Ricardo Noblat destacou falas de Luiz Felipe D’Avila, cientista político, escritor e fundador do Centro de Liderança Pública (CLP), sobre a necessidade de pulverizar votos no primeiro turno como forma de garantir a realização de um segundo turno contra o atual governo.
Fragmentação
Segundo a visão apresentada por d’Avila, o caminho ideal para a oposição seria o lançamento de múltiplos nomes de peso da direita. A lista incluiria governadores como Ratinho Júnior (Paraná), Romeu Zema (Minas Gerais) e Ronaldo Caiado (Goiás).
Pano de fundo
O objetivo central dessa tática seria evitar uma vitória do presidente Lula ainda no primeiro turno. A tese se baseia no modelo eleitoral recente do Chile, onde diversos candidatos de espectros similares competem inicialmente para unir forças apenas na reta final.
Incertezas
Apesar do entusiasmo de alguns setores com a estratégia, Noblat levanta questionamentos sobre a viabilidade dessa união automática. “Quem garante que a direita estaria unida em torno de um único nome?”, provocou o jornalista, ressaltando que uma direita excessivamente fragmentada pode, ao contrário do esperado, revelar fragilidade em vez de força.
Ponderações
O debate também passa pela figura do senador Flávio Bolsonaro. Noblat aponta que, caso a estratégia de múltiplos nomes seja adotada, o herdeiro político de Jair Bolsonaro poderia ser o nome a concentrar os votos anti-PT em um eventual segundo turno. Entretanto, o jornalista pondera que a alta rejeição de Flávio é um obstáculo significativo que o grupo precisaria enfrentar.
