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Moraes determina que Defesa entregue relatório sobre urnas em 48 horas

Moraes determina que Defesa entregue relatório sobre urnas em 48 horas

Presidente do TSE suspeita de desvio de finalidade no relatório que já teria sido entregue ao candidato Jair Bolsonaro

O presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Alexandre de Moraes, determinou que Ministério da Defesa entregue uma cópia da auditoria das urnas eletrônicas. A pasta tem 48 horas para entregar o relatório à Justiça Eleitoral.

Moraes atendeu um pedido da Rede Sustentabilidade, que argumentou o pedido do presidente Jair Bolsonaro (PL) para a realização de uma auditoria pelo Exército para garantir a lisura do processo eleitoral . Segundo fontes do Planalto, o relatório já foi entregue a Bolsonaro, mas o Ministério da Defesa não deu prazo para a divulgação documento.

Na visão do comandante do TSE, isso pode ser caracterizado como desvio de finalidade para satisfazer a vontade eleitoral de Bolsonaro. Moraes ainda solicitou informações sobre a verba utilizada para a realização da auditoria.

“As notícias de realização de auditoria das urnas pelas Forças Armadas, mediante entrega de relatório ao candidato à reeleição, parecem demonstrar a intenção de satisfazer a vontade eleitoral manifestada pelo Chefe do Executivo, podendo caracterizar, em tese, desvio de finalidade e abuso de poder”, afirmou Moraes em seu despacho.

Segundo interlocutores do Planalto, o relatório teria ficado pronto no fim da semana após o primeiro turno e entregue ao comando da campanha do PL. Há relatos de que o Exército confirmou a segurança das urnas eletrônicas, o que provoca a demora na divulgação do documento.

O presidente da corte eleitoral ainda deu prazo de cinco dias para Jair Bolsonaro responder às acusações da Rede.

Bolsonaro e urnas

Desde que assumiu a presidência da República, Jair Bolsonaro ataca urnas eletrônicas e contesta a lisura das eleições. Adepto do voto impresso, Bolsonaro fez uma proposta ao Congresso Nacional, que logo foi rechaçada por deputados e senadores.

Após as contestações, o TSE liberou a sala de apuração para partidos e candidatos acompanharem como funciona a apuração. Dias antes, o PL emitiu um documento em que colocava em xeque o processo eleitoral. O presidente da legenda, Valdemar da Costa Neto, recuou da ideia deias depois.

Tanto o documento quanto o partido estão sendo investigados pela Justiça Eleitoral.

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