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Ministro chama Bolsonaro de criminoso e revive apelido: ‘Micheque’

Ministro chama Bolsonaro de criminoso e revive apelido: ‘Micheque’

Aliado de Lula aponta provas “robustas” no caso das joias de R$ 16 milhões

O caso envolvendo o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro, que teria tentado trazer ilegalmente para o Brasil joias de R$ 16,5 milhões, fez os ministros do presidente Lula aumentarem o tom contra o inimigo.
Após o Ministro da Segurança, Flávio Dino, anunciar que a Polícia Federal irá investigar o caso a partir de segunda-feira (6) , o ministro da Secretaria de Comunicação Social, Paulo Pimenta, atacou o antigo governante e também a sua esposa, Michelle.

“As joias foram aprendidas pela Receita Federal em Guarulhos. Bolsonaro, inconformado em pelos menos quatro oportunidades, tentou reaver ‘os presentes’ que tentou trazer escondidos para o Brasil. Denúncia está toda documentada e com provas robustas”, escreveu Pimenta em seu perfil no Twitter.

“Bolsonaro mobilizou pelo menos quatro ministérios e os militares até o último dia do seu governo para ‘recuperar os mimos’ de Micheque. Os presentes se tivessem sido declarados poderiam entrar legalmente no Brasil, mas pertenceriam ao Governo Brasileiro e não a família do criminoso”, apontou.

O termo “Micheque” foi utilizado pela pela primeira quando veio à tona a informação de que Michelle depositou em suas contas bancárias cheques repassados pelo ex-assessor de Flávio Bolsonaro, Fabrício Queiroz. Ao todo, foram R$ 89 mil em cheques na conta bancária da então primeira-dama.

Na época, Jair Bolsonaro justificou as transferências afirmando haver emprestado dinheiro a Queiroz e que os depósitos na conta da mulher eram parte do pagamento dessa dívida.

Entenda o caso

Segundo uma reportagem de “O Estado de S. Paulo”, as joias em questão eram presentes do governo da Arábia Saudita para Michelle, que visitou o país árabe em outubro de 2021, acompanhando a comitiva presidencial. Entre elas, estão um anel, colar, relógio e brincos de diamantes.

Entretanto, ao chegar ao país, as peças foram aprendidas no alfândega do Aeroporto de Guarulhos, em São Paulo, na mochila de um assessor de Bento Albuquerque, então ministro de Minas e Energia. Ele ainda tentou usar o cargo para liberar os diamantes, entretanto, não conseguiu reavê-los, já que no Brasil a lei determina que todo bem com valor acima de US$ 1 mil seja declarado.

Diante do fato, o governo Bolsonaro teria tentado quatro vezes recuperar as joias, por meio dos ministérios da Economia, Minas e Energia e Relações Exteriores. O então presidente chegou a enviar ofício à Receita Federal, solicitando que as joias fossem destinadas à Presidência da República.

Na última tentativa, três dias antes de deixar o governo, um funcionário público utilizou um avião da Força Aérea Brasileira (FAB) para se deslocar até Guarulhos. Ele teria se identificado como “Jairo” e argumentado que nenhum objeto do governo anterior poderia ficar para o próximo.

Ironia

Em meio a revelação, Michelle Bolsonaro tentou ironizou o caso por meio de suas redes sociais.

“Quer dizer que eu tenho tudo isso e não estava sabendo? Meu Deus! Vocês vão longe mesmo hein?! Estou rindo da falta de cabimento dessa imprensa vexatória”, escreveu.

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