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Em discurso na Paulista, Bolsonaro pede anistia a condenados pelo 8/1

Em discurso na Paulista, Bolsonaro pede anistia a condenados pelo 8/1

Ex-presidente minimizou minuta golpista e evitou falar sobre STF e urnas eletrônicas

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) usou seu discurso no ato na avenida Paulista , em São Paulo, neste domingo (25) para pedir a anistia dos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023. Até o momento, 86 pessoas foram condenadas , com penas que variam de três a 17 anos de prisão, a quem Bolsonaro chamou de “pobres coitados” em seu discurso.

O ato deste domingo acontece em meio às investigações da Operação Tempus Veritatis, conduzida pela Polícia Federal (PF) e que mira Bolsonaro e aliados em apurações sobre uma possível tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro chegou à Paulista ao lado da esposa, Michelle Bolsonaro (PL), carregando uma bandeira de Israel.

Em sua fala, ele evitou falar sobre o Supremo Tribunal Federal (STF) e sobre fraudes nas urnas, mas negou ter elaborado um plano de golpe de Estado.

“Tenho muito a falar, tem gente que sabe o que eu falaria, mas o que eu busco é a pacificação. É passar uma borracha no passado, é buscar maneiras de nós vivermos em paz. É, por parte do parlamento brasileiro, uma anistia para aqueles pobres coitados que estão presos em Brasília. Nós não queremos mais que seus filhos sejam órfãos de pais vivos”, declarou Bolsonaro.

“Nós pedimos a todos os 513 deputados, 81 senadores, um projeto de anistia para que seja feita Justiça em nosso Brasil. Quem depredou patrimônio - que nós não concordamos com isso - que pague. Mas essas penas fogem ao mínimo da razoabilidade”, completou.

Em sua fala, Bolsonaro disse que é “perseguido” desde 2018, e não negou as acusações de que teria editado uma minuta de decreto golpista , mas disse que ela não se tratava de uma tentativa de golpe de Estado.

“É joia, é a questão de importunação de baleia, é dinheiro que teria mandado para fora do Brasil, é tanta coisa que eles mesmos acabam trabalhando contra si. A última agora: Bolsonaro queria dar um golpe porque tem uma minuta de um decreto de Estado de Defesa. Golpe usando a Constituição? Tenham a santa paciência. Deixo claro que Estado de Sítio começa com o presidente da República convocando os conselhos da República e da Defesa. Isso foi feito? Não”, disse Bolsonaro.

“O que é golpe? Golpe é tanque na rua, é arma, é conspiração, é trazer classes políticas para o seu lado, empresariais. É isso que é golpe, e nada disso foi feito no Brasil”, afirmou.

Em sua fala, Bolsonaro ainda disse que “o povo brasileiro não merece viver esse momento, onde pouquíssimos causam tantos males a todos nós”. Apesar de não ter atacado diretamente as urnas eletrônicas, como já fez diversas vezes anteriormente, o ex-presidente declarou: “Nós podemos até ver um time de futebol sem torcida ser campeão, mas não conseguimos entender como existe um presidente sem povo ao seu lado”.

Bolsonaro ainda disse que pode “fazer muito pela pátria”, e afirmou que o ato deste domingo é uma “fotografia para o mundo do que é a garra e a determinação do povo brasileiro”.

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