..::data e hora::.. 00:00:00

Artigos

Capitão motosserra devasta seu próprio prestígio

A popularidade de Jair Bolsonaro passa por um fenômeno muito parecido com um desmatamento

Brasileiros já sentem vergonha do ogro que ocupa a presidência da República

As pesquisas Vox Populi e Datafolha que apontam que 40% dos brasileiros (na primeira) e 38% (na segunda) já veem Jair Bolsonaro

O que impede Bolsonaro de tomar a PGR de assalto

Em sua longa vivência política, Jair Bolsonaro parece ter aprendido muito pouco sobre a instituição Ministério Público Federal

A Amazônia e a soberania nacional

Num momento graves ameaças à democracia, com o avanço dos retrocessos é fundamental unir-se em defesa do que resta da democracia e em defesa da soberania nacional.

A fé dá sentido à vida

“Cheguei ao auge do sucesso no mundo dos negócios. No entanto, além do trabalho, tenho pouca alegria

Bolsonaro-Bannon: A Contra-Revolução Permanente, Ataque aos Inimigos

“Loucura embora, tem lá o seu método (…)
Achados felizes da loucura; a razão saudável nem sempre é tão brilhante”.
(Hamlet – W. Shakespeare)

Desempregado, Queiróz mora no Morumbi e se trata no Einstein

Não joguem fora R$18 comprando a Veja que tem na capa a bombástica exclamação: “Achamos”!

A preservação da Amazônia definirá o Brasil como potência

A floresta amazônica cobre cerca de 60% do território brasileiro, detêm aproximadamente 1/5 de toda a água doce do mundo

Os procuradores e o luto de Lula

Em janeiro de 2017, Marisa Letícia sofreu um derrame. No grupo dos procuradores da Lava-Jato, Deltan Dallagnol escreveu

O paradoxo da Lei escrita não escrita

A seletividade penal da Lava Jato foi comprovada de maneira indubitável pelas revelações do The Intercept

O fracasso das apostas externas de Bolsonaro

Apostas da política externa ideológica do governo Bolsonaro começam a dar errado. Aliados se enfraquecem e correm riscos

O País à espera da suprema decisão

Os diálogos travados entre Sergio Moro e procuradores da força-tarefa pelo Telegram, divulgados pelo Intercept e pelos principais sites e jornais do país, demostram que a Lava Jato se transformou numa especie de Dops da democracia consentida pelos generais que levaram Bolsonaro ao poder. Ainda no ano passado o general Eduardo Villas Boas assumiu em entrevista a Folha de São Paulo ter pressionado o Supremo Tribunal Federal para que rejeitasse em abril de 2018 o habeas corpus preventivo do ex-presidente Lula. Conseguiu seu intento, nem precisou do cabo e dos dois soldados que o Eduardo Bolsonaro disse ser o suficiente para se fechar o STF. Por 6 votos a 5 o Supremo se curvou a pressão militar e abriu as portas da cela para que Lula cumprisse a pena de 12 anos e um mês imposta pelo ex-juiz e hoje ministro, Sergio Moro no caso do Triplex do Guarujá. Um imóvel que não tem escritura e nem documentos em nome do ex-presidente. Pior, nunca foi usado uma única vez sequer por Lula ou qualquer membro de sua família. Como se sabe, a prisão tirou Lula não só da disputa presidencial como o impediu de manifestar apoio público a seu candidato. Ao confessar em entrevista a rádio Bandeirantes que se comprometeu com Moro a lhe dar uma vaga no Supremo, Bolsonaro apenas ratificou aquilo que muitos já desconfiavam, o carácter politico eleitoral da operação tocada pela chamada República de Curitiba.

Ao que se sabe hoje, graças as revelações feitas pelo Intercept Brasil, a operação que parou o país por mais de quatro anos, muitas vezes agiu ao arrepio da lei, vazando grampos, forjando delações, perseguindo, condenando e prendendo, sem provas materiais, os principais lideres da esquerda e seus aliados políticos e empresariais.

De todas as mensagens da Vaza Jato a mais reveladora do caráter dos procuradores da força tarefa foi o deboche feito pelo Telegram quando da morte de familiares do ex-presidente Lula. Um ódio sem limites de pessoas desprovidas de sentimento e respeito pelo próximo. Se igualam aos torturadores dos porões da ditadura desprovidos de humanidade.

Bom lembrar que outras operações utilizaram os mesmos métodos da Lava Jato, uma delas, a Operação Ouvidos Moucos, levou o reitor da Universidade Federal de Santa Catarina Luiz Carlos Cancellier ao suicídio. Ele foi acorrentado, submetido à revista íntima e ficou por 30 horas preso em uma cela de segurança máxima. Ao ser solto, em outubro de 2017, Luiz Carlos se matou pulando no vão central de um shopping em Florianópolis. No ano passado a investigação foi encerrada por falta de provas que o incriminasse.

Ontem, o ministro Edson Fachin, enviou ao plenário do STF a ação que trata da diferença entre réus delatados e delatores na fase de alegações finais em processos judiciais. Todos que defendem o Estado democrático de direito estão esperançosos de que o STF faça a revisão das fragilidades técnicas do modus operandi da Lava Jato. Fachin fez uma sinalização clara nesse sentido ao dizer que é preciso dar ‘segurança jurídica’ ao tema, e nesse sentido nada melhor que uma decisão colegiada. O julgamento ainda não tem data marcada. Quando ocorrer vamos saber se desta vez o STF irá ou não se curvar as pressões da Lava Jato e do setor militar do governo Bolsonaro. Se o entendimento for mantido pela maioria no plenário, pelo menos 32 sentenças poderão ser anuladas, inclusive a do ex-presidente Lula. Ai sim, pelo menos desta vez, poderemos confirmar o dito popular de que a justiça tarda mas não falha.

Jornalista

Fonte: https://www.brasil247.com

banner mk xl