Durante as investigações referentes ao triplo homicídio de adolescentes que desapareceram após a Expoacre em 2018, constatou-se que Luiz Gonzaga tinha envolvimento em outros crimes como organização criminosa e roubo. Prisão do suspeito foi efetuada na terça (23) em Rio Branco
Condenado a 18 anos e sete meses por crimes como organização criminosa, roubo, ameaça e agressão, um homem identificado como Luiz Gonzaga foi preso na última terça-feira (23) pela Polícia Civil no Segundo Distrito de Rio Branco. Ele estava foragido da Justiça e foi capturado em uma residência localizada em um ramal da região. O g1 não conseguiu contato com a defesa do acusado.
O detento foi um dos investigados no caso da morte de três adolescentes que desapareceram após a Expoacre em 2018. Naquela ocasião, Gonzaga havia sido absolvido da acusação de participação no triplo homicídio dos adolescentes.
Porém, no decorrer das investigações referentes a esse caso, foram coletadas provas que apontaram o envolvimento dele em outros crimes.
O caso dos adolescentes teve grande repercussão em agosto de 2018, quando Vitor Vieira de Lima, de 18 anos, Amanda Gomes de Souza, de 14, e Isabele Silva Lima, de 13, desapareceram após saírem de casa, no bairro Taquari, com destino à Expoacre. Os três foram encontrados mortos dias depois.
Na época do crime, Gonzaga também chegou a ficar foragido e foi preso em março de 2019 pela Coordenadoria de Recursos Especiais (Core), no bairro Tancredo Neves, na capital.
Com relação ao crime que ele foi inocentado, Gonzaga foi apontado pela Polícia Civil como comerciante no bairro Taquari que atuava como informante e prestava apoio a membros de uma organização criminosa.
Com a prisão, ele passou a responder como réu pelo triplo homicídio, ao lado de Clenilton Araújo de Souza e Francimar Conceição da Silva, presos ainda em outubro de 2018. Os três foram denunciados pelo Ministério Público por homicídio triplamente qualificado, estupro e ocultação de cadáver.
Durante a instrução processual, as audiências chegaram a ser adiadas por dificuldades na localização de testemunhas. Ciúme teria sido a motivação para a morte dos adolescentes, de acordo com o delegado da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP) que investigou o caso, Rêmulo Diniz.
De acordo com o delegado, Vitor foi esfaqueado e atirado dentro de um poço ainda vivo e morreu afogado. Isabele foi achada morta em uma área de mata e em agosto daquele ano, os ossos de Amanda foram encontrados pela polícia.

