Rio Branco, AC 26 de dezembro de 2025 02:13
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Acreanos cruzam fronteira e lotam comércio de Cobija em busca de presentes: ‘Dar uma pesquisada’

Movimento na cidade boliviana, que faz fronteira com o Acre, é impulsionado por preços mais baixos e variedade de produtos

Atravessar a fronteira virou quase parte do ritual de fim de ano para muitos acreanos. É que em Cobija, cidade boliviana que faz divisa com Brasiléia e Epitaciolândia, no interior do estado, o comércio vive dias de movimento intenso, com lojas cheias, filas e corredores tomados por consumidores em busca do presente ideal.

O aumento no fluxo de pessoas foi registrado principalmente nos últimos dias e envolve compradores de diversas cidades do Vale do Acre, que cruzam para o país vizinho atrás de preços mais em conta e maior variedade de produtos.

A empresária Jaqueline Lima foi uma das que decidiu fazer a pesquisa de preços do outro lado da fronteira. Ela conta que aproveitou a viagem para garantir os presentes da família.

“Trouxe as crianças para dar uma pesquisada, para ver como é que estão os preços e presentear no Natal os familiares e os filhos”, relatou.

A estudante Sinara Ingrede também cruzou a fronteira no último fim de semana e se surpreendeu com o que encontrou.

“A gente veio buscar umas compras, presentes de fim de ano, e está muito bom os preços. Eu me surpreendi. Há várias lojas em que a gente é super bem atendido e tem qualidade”, afirmou.

Do lado boliviano, os comerciantes sentem diretamente o impacto da presença brasileira. Segundo o lojista Bruno Valencia, a maioria dos clientes que entram nas lojas são acreanos, o que tem ajudado a manter as vendas aquecidas, mesmo com a desvalorização da moeda local.

“Está muito movimentado. Mesmo com as crises que a Bolívia vem passando, tem bastante movimento. Todo mundo está procurando brinquedos, aparelhos de tecnologia, um monte de coisas”, explicou.
Ele acrescenta ainda que a diferença cambial segue sendo um atrativo e até rende boas histórias no balcão.

“A moeda baixou bastante em relação ao real, então eles vêm aproveitar os preços mais em conta. E eles são bons para pedir desconto, muito desconto eles querem e a gente sempre dá”, completou.

Além disso, para os lojistas de Cobija, a expectativa é que o fluxo de compradores continue alto até o final de 2025.